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Técnica e brincadeira na aula de balé infantil

Semana passada tivemos a primeira live da série "Vamos falar de balé infantil?" com participação da professora Paola Bartolo e e o tema foi 'Técnica e brincadeira na aula de balé infantil'. Hoje vou dividir um pouco do que penso sobre o tema aqui no blog.

É quase redundante dividir brincadeiras de movimento de técnica uma vez que a técnica, na iniciação na dança, sempre se dará através de brincadeira. Porém nem toda brincadeira de movimento conterá técnica pois exploraremos outros conteúdos da linguagem da dança: corpo, espaço, tempo e expressividade.



A educação deveria sempre ser medida pela motivação, com as crianças pequenas isso fica mais evidente, pois se a criança não quiser fazer a atividade não há como forçá-la.

O equilíbrio entre o estímulo, a atividade dirigida, a liberdade, o respeito à negação da criança é algo a ser percebido pelo professor, não há receita.

Na iniciação à dança clássica busco uma harmonia entre esses lugares. Respeitar a recusa da criança ao movimento é também respeitar sua autonomia e a conexão com seu corpo. Também reflito a respeito do que é participar da aula. Estar presente pode ser um olhar atento e não necessariamente atender a um comando.

Pontos super importantes no processo: cumplicidade e relação com o grupo, isso significa que abrir mão de um exercício de retiré super maneiro que você criou com todo o carinho e encaixou numa música que procurou por mais de 40 minutos pode ser fundamental para o aprendizado daquela turma. Um dia você só consegue fazer um aquecimento e uma brincadeira de estátua e acha então que não ensinou nada de balé. Mas dentro do processo com o grupo respeitar aquele dia que a turma está muito agitada ou cansada pode ser uma ação inteligente e adequada para que a turma se vincule e confie em você.]

Do ponto de vista da técnica, o que se aprende até os 6 anos é bem simples. Fundamental é a dança como experiência sensória e expressiva para que a criança fortaleça sua auto estima e a percepção de si mesma, para que tenha um espaço de liberdade com o corpo e de quebra ainda aprenda alguns passos de balé.

A técnica seria um conjunto de movimentos nomeados que ajudam a criança a se organizar no sentido de perceber a dança como algo que pode ser inventado, memorizado, colocado no espaço. A criança se organiza melhor em relação a si mesma, ao espaço e aos amigos.

Limite, contorno, qualidade de movimento, dentro, fora, frente, trás, rápido, devagar, formas de tocar; o que sinto e como me expresso, como e onde me movo


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